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"Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis."
— Gênesis 3:4

Gênesis 3 é o terceiro capítulo do Livro do Genesis.

Sinopse[]

A terra era perfeito. O mundo era puro, justo, imaculado sem defeito e nem pecado. Deus havia abençoado as Suas criaturas, havia terminado a criação e tudo o que Ele fez era bom. Adão e Eva foram criados sem pecado, com alta capacidade física e intelectual, perfeitos e livres para fazer escolhas, quer sejam boas, quer sejam más.

Adão e Eva viviam felizes, eram imortais, não ficavam doentes e jamais haviam pecado e nem desobedecido à Deus. Infelizmente, um dia Eva se encontrou sozinha com a serpente, que a convenceu a comer do fruto da Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal, convencendo-a de que se ela o comesse ela não morreria. Manipulada, Eva escolheu desobedecer à Deus e comeu do fruto, pecando e perdendo a sua imortalidade.

Em seguida, ela ofereceu o mesmo fruto para Adão, e ele também comeu. Após isso, a humanidade inteira caiu, pecou, se separou de Deus e foi corrompida pelo pecado. Ambos perceberam que estavam nus, se escondendo entre as arvores do Jardim quando Deus se aproximava dali por temerem suportar Sua glória. Deus os viu e questionou-lhes o porquê estavam escondidos e como sabiam que estavam nus.

Ambos confessaram seus pecados, mas Adão pôs a culpa em Eva e Eva pôs a culpa na serpente. Diante daquela situação, Deus amaldiçoou a serpente, fazendo-a rastejar pela terra, condenou Eva com as dores do parto e condenou Adão com a fadiga em trabalhar. Por causa deles, a terra se corrompeu, passou a se tornar improdutiva e muitas plantas e frutos que antes faziam bem passaram a fazer mal à saúde humana, mas não todos.

Deus também professou juízo sobre o Diabo, aquele quem manipulou a serpente, prometendo o juízo deste através da seguinte profecia: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Por terem pecado, Adão e Eva não poderiam permanecer no Jardim do Éden, senão eles poderiam comer do fruto da Arvore da Vida. E se eles comessem, eles se tornariam eternamente pecadores e seria impossível que eles fossem redimidos de seus pecados. Por causa disso, para que eles ainda pudessem serem redimidos e resgatados por Deus, foi necessário que eles abandonassem o Jardim.

Ambos saíram do Jardim, entristecidos e culpados pelo que fizeram. Deus deixou querubins com espadas flamejantes à porta do Jardim, a fiz de que não houvesse como qualquer ser humano entrar no Jardim e nenhum ser humano pecador pudesse comer do fruto da Arvore da Vida e se tornar eternamente pecador. Esse é o princípio do Grande Conflito aqui nessa terra, a origem do pecado e a essência do evangelho. Já que por Adão e Eva e todos nós termos pecado, foi necessário que Jesus Cristo morresse por nós, sofresse o que nós merecíamos e morresse a morte que nós merecíamos e nos desse redenção.

Analise do Capítulo (Versículo por Versículo)[]

1 Disse à mulher. Usando a serpente como médium, Satanás achou um momento em que pôde se dirigir à mulher sozinha. Sempre é mais fácil persuadir uma pessoa a fazer algo errado quando ela está longe de um ambiente protetor. Tivesse Eva permanecido junto ao marido, sua presença teria sido uma proteção para ela, e a história sem dúvida teria tido uma sequência diferente.

2 Do fruto das árvores do jardim podemos comer. ... em vez de voltar as costas e correr para o marido, mostrou sinais de vacilação e dúvida e uma disposição para discutir o assunto um pouco mais com a serpente.

5 No dia ...se vos abrirão os olhos. Satanás ... acusou a Deus de: (1) Invejar a felicidade de Suas criaturas. ... (2) Mentir. ... A promessa "se vos abrirão os olhos" sugeria uma então presente limitação de visão que podia ser removida seguindo-se o conselho da serpente.

6 Vendo a mulher. Depois de terem sido despertadas na mulher a dúvida e a incredulidade com respeito à Palavra de Deus, a árvore lhe pareceu muito diferente. Três vezes é feita a menção de quão atrativa ela era: agradava ao paladar, aos olhos e ao anseio por mais sabedoria. O olhar para a árvore dessa forma, com o desejo de participar de seu fruto, foi uma concessão ao estímulo de Satanás. Em sua mente, ela já era culpada de transgredir o mandamento divino: “Não cobiçarás”(Êx 20:17). O ato de tomar o fruto e comer dele foi apenas o resultado natural de haver se colocado no caminho da transgressão.

Tomou-lhe do fruto. Havendo cobiçado aquilo a que não tinha direito, a mulher prosseguiu, transgredindo um mandamento após outro. A seguir ela roubou o que era propriedade de Deus, violando o oitavo mandamento (Êx 20:15). Comendo do fruto proibido e dando-o ao marido, transgrediu também o sexto mandamento (Êx 20:13). Então, quebrou o primeiro mandamento (Êx 20:3) porque colocou Satanás acima de Deus em consideração e obedeceu a ele em vez de ao Criador.

E deu também ao marido. Observando que não havia morrido imediatamente – o que parecia confirmar a definida afirmação do sedutor: “Não morrereis” – Eva experimentou uma enganosa sensação de enlevo. Desejou que o marido também partilhasse dessa sensação.

E ele comeu. ... o poder de persuasão da esposa aliado a seu próprio amor por ela, induziu-o a partilhar das consequências de sua queda, quaisquer que elas fossem. Em vez de esperar até que tivesse a oportunidade de discutir o trágico assunto com Deus, Adão decidiu tomar o destino em suas mãos. A queda de Adão é a mais trágica, porque ele não duvidou de Deus, nem foi enganado como Eva; agiu sob a segura expectativa de que a terrível ameaça de Deus se concretizaria. ... Não foi a escolha de Eva, mas a deliberada escolha de Adão, na plena compreensão de uma ordem expressa de Deus, que tornou o pecado e a morte a sorte inevitável da humanidade. Eva foi enganada, mas o mesmo não ocorreu com Adão ... Se Adão tivesse permanecido leal a Deus, apesar da deslealdade de Eva, a sabedoria divina teria resolvido o dilema e evitado o desastre para a raça humana.

7Abriram-se, então, os olhos de ambos. Que ironia há nessas palavras, que registram o cumprimento da ambígua promessa de Satanás! Abriram-se os olhos de seu intelecto e compreenderam que não mais eram inocentes.

9Onde estás? Deus ... o chamou não porque ignorasse o seu esconderijo, mas para levá-lo à confissão. Adão procurou ocultar o pecado por trás das consequências deste e sua desobediência, por trás de seu senso de vergonha, declarando a Deus que havia se escondido devido ao embaraço da nudez. A consciência dos efeitos do pecado era mais aguçada que o senso de pecado em si.

12A mulher que me deste. A resposta de Adão para explicar seu embaraço foi uma desculpa tortuosa e evasiva que acabou sendo uma acusação contra Deus. A que ponto o caráter de Adão havia mudado no curto intervalo de tempo desde que enveredara pelo caminho da desobediência! O homem que havia amado tanto a esposa que intencionalmente violara o mandamento de Deus para não se separar dela, agora fala da esposa com fria e insensível antipatia, como "a mulher que me deste" ... Um dos amargos frutos do pecado é que o coração se torna duro, "sem afeição natural" (Rm 1:31).

13A serpente me enganou. Nenhum dos dois deu evidências de arrependimento. Existe, porém uma diferença notável entre a confissão de um e de outro. A mulher alegou que havia sido enganada; Adão admitiu tacitamente que seu ato havia sido deliberado, com pleno conhecimento das consequências.

14Comerás pó. Uma expressão figurativa.

15Entre a tua descendência e o seu descendente. Faz-se referência aqui ao conflito milenar entre a "descendência" ou os seguidores de Satanás (Jó 8:44; At 13:10; 1Jo 3:10) e o descendente da mulher. O Senhor Jesus Cristo é designado, por preeminência, como "o descendente" (Ap 12:1-5; cf. Gl 3:16, 19). Ele que veio para "destruir as obras do diabo" (Hb 2:14; 1Jo 3:8).

Este te ferirá a cabeça. Adão, que foi vice-rei de Deus na Terra enquanto permaneceu leal, havia cedido a autoridade a Satanás, ao transferir sua lealdade a Deus para a serpente. ... Adão começou a perceber a extensão de sua perda quando, de governante deste mundo passou a ser um escravo de Satanás. Contudo, antes de ouvir o pronunciamento da sentença, o bálsamo da esperança foi aplicado à sua alma despedaçada. Para a mulher, a quem havia culpado pela sua queda, ele agora devia se voltar em busca do livramento – na espera pelo descendente prometido, em quem haveria poder para vencer o arqui-inimigo de Deus e do homem.

16O teu desejo será para o teu marido. A palavra heb. shuq, "desejo", significa "correr atrás de de, ter ardente anseio por algo", indicando o mais forte desejo possível. Embora governada pelo homem e torturada pelas dores do parto, a mulher ainda sentiria intenso desejo pelo marido. ... Prece razoável concluir que esse "desejo" foi dado para aliviar as tristezas da feminilidade e unir ainda mais o coração do marido e da esposa.

Ele te governará. A mulher havia rompido seu relacionamento com o homem, o qual fora estabelecido por Deus. Em vez de ser uma auxiliadora "idônea", ela havia se tornado sua tentadora. Portanto, seu status de igualdade com o homem foi afetado; ele havia governado como seu senhor e amo. As Escrituras descrevem a mulher como sendo "possuída" pelo homem. Entre a maioria dos povos não-cristãos a mulher tem estado sujeita, ao longo dos séculos, à degradação e, quase, à escravidão. Entre os hebreus, contudo, a condição da mulher era de distinta subordinação, mas não de opressão ou de escravidão. O cristianismo colocou a mulher na mesma plataforma que o homem no que diz respeito às bênçãos do evangelho (Gl 3:28). Embora o marido seja descrito como a cabeça do lar, os princípios cristãos devem levar o homem e sua esposa a uma experiência de verdadeira parceria, em que um seja tão devotado à felicidade e bem-estar do outro que nunca nenhum dos dois queira "governar" sobre o outro (ver Cl 3:18, 19).

17Maldita é a terra. Deve ser notado, novamente, que Deus não amaldiçoou Adão nem sua esposa. As maldições foram pronunciadas somente sobre a serpente e a terra. Mas Deus disse a Adão: "Maldita é terra por tua causa".

18A erva. A punição divina estipulava também uma mudança parcial na alimentação. Evidentemente se deve concluir que a quantidade e a qualidade dos cereais, castanhas e frutas originalmente dados ao homem foram, como resultado da maldição, reduzidos a tal ponto que ele precisaria buscar uma porçãoda alimentação diária nas ervas. Essa mudança também deve ter ocorrido, em parte, devido à perda de certos elementos que eram obtidos da árvore da vida, à mudança no clima e talvez, principalmente, à sentença de ter de trabalhar arduamente para obter sustento.

19No suor do seu rosto. O trabalho e o esforço desenvolvem o caráter e ensinam a humildade e a cooperação com Deus. Essa é uma das razões pelas quais a igreja cristã geralmente tem encontrado seus mais leais adeptos e defensores na classe trabalhadora.

Até que tornes à terra. O Senhor informou Adão que a sepultura era seu destino certo. Ele compreendeu, assim, que o plano da redenção (v. 15) não impediria a perda da vida presente, mas oferecia a certeza de uma nova vida. ... A menos que, em misericórdia, fosse concedido um tempo de graça para o homem, a morte teria ocorrido instantaneamente. A justiça divina exigia a vida; a misericórdia divina concedeu uma oportunidade para restaurar essa vida.

20E deu o homem o nome de Eva a sua mulher. Este verso ... mostra que Adão creu na promessa relativa ao descendente da mulher e manifestou essa fé no nome que deu à esposa. Eva hawwah, significa "vida", e é aqui traduzida como zoepela LXX [versão em latina do AT efetuada antes do nascimento de Jesus]. ... Em Gênesis 4:1, hawwah foi imperfeitamente transliterado como euapela LXX e daí vem a forma “Eva”em nossa língua.

Por ser a mãe. Adão deu, em fé, o nome "aquela que vive" à sua esposa... Em vez de chamá-la, em desânimo e desespero – como seria de se esperar naquelas circunstâncias – de "a mãe de todos os condenados à morte", ele fixou os olhos, pela fé, em seu Juiz e, antes mesmo que ela desse à luz seu primogênito, chamou-a, com esperança, de "aquela que vive". A fé de fato foi para ele "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem."

21Vestimenta de peles. O ritual dos sacrifícios, embora não seja especificamente mencionado aqui, foi instituído nessa ocasião (PP, 68; cf. DTN, 28). A história dos sacrifícios de Caim e Abel relatada no capítulo seguinte mostra que os primeiros filhos de Adão e Eva estavam bem familiarizados com esse ritual. Se Deus não tivesse comunicado regulamentos definidos quanto aos sacrifícios, Sua aprovação à oferta de Abel e desaprovação à de Caim teria sido arbitrária. O fato de Caim não acusar a Deus de parcialidade evidencia que tanto ele quanto o irmão sabiam o que era requerido.

22Como um de nós. Pela desobediência havia aprendido a diferença entre o bem e o mal, ao passo que Deus havia planejado que ele obtivesse esse conhecimento mediante a cooperação voluntária com a vontade divina.

Estenda a mão. Era então necessário impedir que o homem continuasse a participar do fruto da árvore da vida, a fim de que não se tornasse um pecador imortal

24O refulgir de uma espada. A luz sempre foi um símbolo da presença divina. Como tal, oshekinah ... Não havia uma espada literal guardando o portão do paraíso. O que havia era o que parecia ser o cintilante reflexo de luz de uma espada “que se revolvia”em todas as direções com grande rapidez – setas de luz refulgentes que irradiavam de um centro intensamente brilhante. ... Essa luz viva e radiante não era nada senão a glória do shekinah, a manifestação da presença divina. Diante dela, durante séculos, os que eram leais a Deus se reuniam para adorá-Lo

Trivia[]

  • Esse é um dos capítulos mais importantes de toda a Bíblia, porque não somente explica o surgimento do pecado no mundo e do porque sofremos, morremos, etc. Além disso, ele também nos revela a existência de um Grande Conflito entre as forças do bem e do mal e nos revelam o plano da redenção, criado por Deus por amor à nós.
  • Paulo cita que '' o salário do pecado é a morte '' (Romanos 6:23). Quando Adão e Eva pecaram, eles automaticamente se condenaram à morte e a consequência natural daquilo seria a morte eterna. Não somente para eles, mas para nós também. Porque não foi só Adão que pecou, não foi só Eva que pecou, mas '' todos pecaram e todos carecem da glória de Deus '' (Romanos 3:23). Nós também pecamos, nós também somos errados, nós também desobedecemos a Lei de Deus e praticamos o mal. Todos nós somos culpados, e a morte eterna deveria ser a nossa condenação final. Não o inferno, como muitos cristãos imaginam, mas sim a morte eterna, o morrer para nunca mais acordar, o morrer para nunca mais reviver, o permanecer morto para sempre.
  • Antes da queda, Adão e Eva nunca ficavam doentes, nunca sentiram tristeza, nunca sentiram medo e eram imortais. A imortalidade do ser humano no passado, assim como a imortalidade dos anjos, é condicional. Os anjos são imortais e Adão e Eva também eram imortais com a condição de que eles se mantivessem fiéis à Deus. Como eles pecaram, logo eles perderam a imortalidade condicional deles.
  • Apesar da mídia, do cinema e da cultura popular geralmente representarem o fruto proibido como uma maçã, a Bíblia não nos informa qual era o fruto da Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Isso também é irrelevante para o relato bíblico.
  • A serpente é mencionada nesse capítulo como o enganador que fez o ser humano cair e pecar. De início não é deixado muito bem claro o porquê ela fez isso, mas o Apocalipse chama Satanás de "A antiga serpente" (Apocalipse 12:9, 20:2). Isso nos revela que não era só Adão ou Eva que foram os manipulados nessa história, mas nos revelam que até a própria serpente foi manipulada, pois ela foi usada e possuída demoniacamente pelo Diabo justamente para fazer o ser humano cair.
  • Adão e Eva tinham uma natureza diferente da do ser humano atual. Antes do pecado, ambos eram inteiramente puros e a carne deles tinha uma tendência de praticar o bem, era atraída por fazer coisas boas. Após o pecado, a natureza humana se alterou, nossa carne passou a ser atraída para praticar tudo aquilo que era errado e perverso. Nós, mesmo sem cometer pecado, já nascemos pecadores e com tendência ao erro. Tanto é que Davi escreveu: '' Em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe '' (Salmos 51:5). É por causa disso que sentimos atração pelo erro, desejo de pecar e somos naturalmente perversos. É por causa dessa nossa natureza corrompida que temos conflitos internos e temos que lutar dia após dia contra nós mesmos, assim como Paulo fazia. Inclusive, Paulo dedicou o capítulo inteiro de Romanos 7 para descrever essa conflito interno que não só ele sofria, mas todos nós que seguimos a Lei de Deus e negamos a nós mesmos sentimos. '' Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. '' (Romanos 7:18-19).
  • Em II Coríntios 11, Paulo relembra a ocasião em que a serpente enganou Eva, temendo que assim como a serpente corrompeu a mente de Eva, que a mente dos irmãos de Corinto seja corrompida e se afaste da simplicidade e pureza devidas a Cristo (II Coríntios 11:3).
  • A terra foi corrompida pelo pecado, junto ao ser humano. Hoje até mesmo produtos naturais, por conta da ação do pecado, a corrompem e a fazem prejudicar ao ser humano. É por causa que o pecado tornou o nosso mundo podre que as flores tem espinhos, que os animais são hostis, que existem secas, desertos, geadas e geleiras. É por causa do pecado corrompendo nosso mundo que existem frutas e plantas venenosas e existem muitos produtos naturais que servem como drogas para o ser humano, viciando-o e destruindo-o por dentro (Para a tristeza e o desgosto de Deus), tais como cannabis, o álcool, o ópio e o café. Felizmente, nem tudo está perdido, pois apesar de nosso mundo ter sido muito corrompido pelo pecado, Deus preservou um pouco de sua essência na terra. A vida permanece, a flora e a fauna continuam exuberantes e a natureza continua bela e magnífica de se ver.
  • Deus criou a Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal para nos dar a escolha de o servirmos ou não, de o amarmos ou não. Além disso ser um sinal de amor e demonstração de respeito às nossas escolhas ao nos dar a oportunidade de escolher, essa situação teve como resultado a resolução do Grande Conflito Cósmico entre Deus e Satanás, ao Jesus provar na cruz do calvário que Ele de fato ama Suas criaturas, que Ele de fato se importa com elas e que é possível vivermos na guarda da Sua Lei.
  • A própria Bíblia deixa claro que Adão não foi enganado a comer o fruto como Eva foi, mas comeu porque a amava. Comeu porque não queria viver sem ela, porque ele sabia que ela seria condenada a morte eterna e desejava viver e morrer junto a ela. '' E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. '' (I Timóteo 2:14).
  • Esse capítulo contém a primeira menção aos querubins. Além disso, ele é o primeiro a conter uma profecia. A profecia messiânica de Genesis 3:15 nos revela a obra de Jesus Cristo, que viria como descendente da mulher (Eva) e teria inimizade com a serpente (Diabo). De fato a serpente picou calcanhar do Descendente da Mulher, pois Cristo sofreu em nosso lugar e foi morto por nossos pecados. Contudo, o Descendente da Mulher esmagou a cabeça da serpente, pois Ele venceu, Ele persistiu até o fim por amor, ressuscitou dos mortos e em breve retornará para essa terra para fazer Sua Santa Justiça.
  • No princípio, quando Deus criou Adão, Adão atuou como seu Vice-Rei e Príncipe nessa terra, como Seu divino filho e representante. Após Adão ter pecado, Satanás usurpou o seu título que era por direito, passando a governar a natureza do nosso mundo e corrompê-lo ainda mais. Até hoje ele permanece nessa posição, tanto que é por isso que durante a Santa Ceia Jesus Cristo se refere à ele como '' Príncipe deste mundo '' (João 14:30, 16:11). Mas, o próprio Jesus Cristo nos revela o final da história ao dizer: '' Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. '' (João 12:31).
  • Graças a ter sido usada pelo Diabo, a serpente se tornou uma das criaturas mais feias e asquerosas da terra. No entanto, ela era um animal muito bonito no princípio. Tanto é que a autora cristã Ellen White a imagina da seguinte forma: ''A serpente era então uma das mais prudentes e belas das criaturas da Terra. Tinha asas, e enquanto voava pelos ares apresentava uma aparência de brilho deslumbrante, tendo a cor e o brilho de ouro polido. Pousando nos ramos profusamente carregados da árvore proibida, e saboreando o delicioso fruto, era seu objetivo chamar a atenção e deleitar os olhos de quem a visse. '' (Devemos reconhecer a Bíblia como um relato primário, mais importante do que o de Ellen White. Mas também não devemos descarta-lo, devido a ter sido inspirado por Deus e não contradizer o relato bíblico em nenhum ponto).
  • Hoje em dia podemos ter uma natureza suja e corrompida por conta dos nossos pecados e dos pecados dos nossos primeiros pais, mas nosso Deus é bondoso e irá restaurar a nossa natureza como era no princípio. No dia da Sua volta, ao ressoar da última trombeta, os mortos serão ressuscitados e todos os sinceros e justos vivos ou mortos durante a volta de Jesus serão transformados. Nossa carne mortal será revestida de imortalidade e nossa natureza corrupta será revestida da incorruptibilidade, tal qual foi com Adão e Eva no passado (I Coríntios 15:51-52).

Fontes e Referências[]

CBSD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1, p. 213 a 222.

Ellen White, Patriarcas e Profetas, cap. 3 '' A Tentação e a Queda ''